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O ciclo virtuoso das decisões baseadas em dados na pesquisa de campo

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Felipe Alves, nutricionista da Agroceres Multimix, apresentou uma abordagem prática sobre o tema durante Terças da Abraves-PR

 

Relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em maio de 2023 lançou luz sobre as habilidades mais utilizadas atualmente e aquelas previstas para ganhar destaque nos próximos cinco anos.

Entre as competências destacadas, duas se sobressaem: o pensamento analítico e o pensamento criativo.

Ambas já são amplamente aplicadas no cenário atual e continuarão a ser essenciais no futuro, sendo fortemente associadas ao conceito de pensamento baseado em dados, ou data driven.

A importância da pesquisa de campo e as decisões baseadas em dados foram temas centrais abordados em palestra pelo doutor em zootecnia Felipe Alves, durante o Terças da Abraves-PR no fim de junho. Na ocasião, ele palestrou sob o tema “Pesquisa de campo: ferramentas para sistemas produtivos modernos tomarem decisões baseadas em dados”.

Como nutricionista de suínos da Agroceres Multimix, Felipe Alves compartilhou sua experiência prática, coordenando projetos de pesquisa no Departamento de Serviços Técnicos da empresa. Felipe administra e analisa dezenas de bancos de dados relacionados a soluções nutricionais na suinocultura.

Durante a apresentação, o nutricionista destacou que, no Brasil e na América Latina, as pesquisas científicas, em sua maioria, são realizadas por universidades, porém, é crescente a participação da iniciativa privada. Essa tendência está diretamente associada ao conceito da tomada de decisões guiada por dados.

Isso porque as empresas se veem pressionadas a minimizar erros, já que as margens são muito pequenas. Assim, essa abordagem permite tomadas de decisões mais precisas, reduzindo os riscos e aumentando a eficiência nos processos.

O zootecnista ressaltou ainda que a suinocultura é uma indústria pulsante, sem espaço para erros. “Precisamos aprofundar essa compreensão. E a tecnologia está aí para isso. Mas é preciso habilidade de liderança, de resiliência e de curiosidade”, afirmou.

Mesmo com tecnologias como a inteligência artificial, a máquina não delineia hipóteses. “Ou seja, é a forma de pensar”, afirma e explica: “É aprender a fazer a pergunta certa. Entender o que é preciso, em termos de estrutura, de animal e em termos de técnicos”.

E ao concatenar essa capacidade de predizer desempenho com a compreensão do mercado, é possível tomar decisões melhores, inclusive, econômicas.

E ao adotar essa abordagem baseada em dados na pesquisa, os resultados obtidos estimulam novos trabalhos. “Isso gera um ciclo virtuoso”, confirma Felipe e conclui, com otimismo: “A possibilidade de que isso seja feito na nossa atividade, na nossa realidade, é real”.

A palestra na íntegra está disponível no AgroFlix.

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