Suinocultor descobre que a fase da maternidade era a chave para atingir o máximo potencial em sua produção
Quando assumiu a granja, o zootecnista Rafael Lacerda sabia exatamente o que deveria fazer para aprimorar o trabalho que o pai havia desempenhado durante 20 anos. A Granja América, propriedade localizada em Sorriso-MT, possui cerca de 500 matrizes e trabalha com o ciclo completo dos animais, e demandava muita atenção nas dietas dos animais.
Atualmente, com a alta nos preços dos grãos, Rafael encontrou nos DDGs uma oportunidade de reduzir gastos, mantendo o crescimento dos animais com uma nutrição balanceada. “A lucratividade que eu busco vai de encontro com o que o meu pai sempre defendeu, que é buscar alternativas que não comprometam a qualidade do meu produto final. O investimento começa logo na creche e perdura até a terminação dos animais, no entanto, ainda não estou totalmente satisfeito com os resultados”, explica.
Os resultados que o zootecnista cita são referentes ao GPD (ganho de peso diário) dos animais que, embora possuam uma boa evolução constante ao longo das fases de criação, têm um ponto de partida muito inferior, ou seja, leitegadas muito leves, saindo da maternidade com 5,3 kg, além de altas taxas de mortalidade.
Para o consultor de serviços técnicos de suínos, Leury Souza, esses eventos poderiam ser evitados se houvesse um olhar mais crítico sobre as matrizes durante a fase de lactação, mais especificamente sobre nutrição adequada para esse período. “Precisamos considerar as particularidades das matrizes na granja, pois primíparas e multíparas possuem necessidades nutricionais distintas, não somente sobre a composição do alimento, mas a forma como estimulamos esse animal a comer. Se bem trabalhada, a dieta pode garantir maior produção de leite e, consequentemente, leitões mais pesados”, afirma.
Mesmo durante o período acadêmico, Rafael alega não ter encontrado muitos trabalhos a respeito de manejo alimentar de matrizes na fase de lactação, por isso, sempre focou os esforços da granja nas dietas de creche, recria e terminação. Agora, com a dica do especialista, dedicou alguns funcionários ao manejo desses animais, separando, inclusive as primíparas das demais.
Em pouco tempo, os números da Granja América começaram a melhorar significativamente e o que antes era uma realidade, passou a ser raridade. Leitões de 21 dias entrando na fase de creche já com um peso médio de 6,4 kg, e chegando na terminação ainda mais pesados. Além disso, as matrizes apresentavam pouca, ou nenhuma, perda de peso durante a lactação, o que surpreendeu ainda mais o proprietário.
“Foi uma mudança simples na forma como conduzíamos os animais e o resultado “saiu melhor que a encomenda”. Agora estou oferecendo um produto de alta qualidade, com um investimento pertinente direcionado à cada uma das fases dos suínos. Com certeza estou honrando o legado da família e dando orgulho ao meu pai.”, ressalta Rafael.
Nutrição Animal – Agroceres Multimix
*Narrativa fictícia, desenvolvida a partir de problemas reais, extraídos de relatórios de visitas técnicas.