Diante de cenários cada vez mais desafiadores para o produtor de proteína animal brasileiro, a saída para muitos deles é tentar encontrar as melhores alternativas para economizar. Em São Gabriel do Oeste-MS, André Motta traz uma história paradoxal: o suinocultor precisou perder uma aposta para descobrir como economizar e, assim, gerar lucro na granja.
A propriedade, que no ano passado contava com cerca de mil matrizes, comercializando 2.500 animais/mês, sentiu os impactos na alta do preço dos grãos e colocou como meta encontrar alternativas que barateassem os custos ou ajustes operacionais que economizassem recursos.
“Não sou uma pessoa centralizadora, por isso, dividi com meus funcionários a necessidade de fazermos algo para mantermos nossa atividade rentável. Tivemos várias ideias, mas nenhuma delas trouxe de fato a solução ideal para me ajudar a “fechar a conta”. Cheguei a cogitar em reduzir a minha equipe, mas, para mim, é inconcebível demitir um colaborador, ainda mais em tempos de pandemia”, explicou Motta.
A grande experiência na produção de suínos levou o produtor a buscar a solução na alimentação dos animais, uma vez que esse fator representa cerca de 80% do custo de produção da granja. Regularmente, os técnicos da empresa de nutrição animal da Agroceres Multimix fazem visitas à propriedade e foi em uma delas que o suinocultor lançou o desafio: encontrar uma solução para viabilizar – economicamente – o andamento das atividades.
O nutricionista de suínos, Marco Kunrath, pôde compreender a angústia do suinocultor e então decidiu colocar cada detalhe da nutrição dos animais na “ponta do lápis”, desde a formulação da dieta até o fornecimento nos comedouros. Surgiu então a proposta de substituir as rações fareladas por peletizadas. Esse processo consiste em transformar – através de tratamento térmico e pressão – rações fareladas em grânulos, conhecidos como peletes. Com esse processo tem-se melhora na digestibilidade e palatabilidade da ração, facilidade de ingestão, melhora na qualidade de mistura e redução de desperdício.
A ideia, a princípio, não foi bem aceita pelo produtor que alegou já ter investido em rações peletizadas com outros fornecedores e nunca ter obtido grandes mudanças. Além disso, o produto costumava chegar parcialmente farelado, causando ainda mais transtornos no manejo.
“A qualidade do pelete é crucial para que essa tecnologia funcione dentro das granjas, e para obter produtos adequados é necessário um processo rigoroso de fabricação. Certamente, essas rações que o André tinha adquirido estavam desintegrando por erro operacional durante o processo de peletização”, diagnosticou Kunrath.
Para convencer então o produtor a aderir novamente as rações peletizadas, o técnico da Agroceres Multimix desafiou-o a uma aposta: se ele adotasse a inclusão de rações peletizadas e não surgissem resultados, o nutricionista forneceria 3 meses de consumo da mais nova especialidade desenvolvida pela Agroceres Multimix, sem custo algum.
O resultado foi uma economia de 5,1 toneladas de ração por mês. E a conta é simples: se considerarmos que um leitão na fase de creche consome, aproximadamente, 34,5 kg de ração em 49 dias (do desmame à recria), sendo que, se essa mesma ração for peletizada teremos um consumo de 32,5 kg, ou seja, uma economia de 2 kg de ração/animal.
Mesmo perdendo a aposta, André Motta não ficou nada triste, muito pelo contrário. Além de ganhar na economia, levou sua granja a outro patamar de produção. “Não foram só vantagens econômicas, mas zootécnicas também. O fornecimento de ração peletizada melhorou a conversão alimentar em 6%, fora a facilidade do manejo e limpeza das baias. Desse jeito vou querer perder muito mais apostas”, brincou o suinocultor.
Nutrição Animal – Agroceres Multimix
*Narrativa fictícia, desenvolvida a partir de problemas reais, extraídos de relatórios de visitas técnicas.