Quando falamos em formulação de rações, basicamente estamos pensando em atender dois requisitos, que seriam: respeitar as exigências nutricionais dos animais e conhecer a composição dos alimentos disponíveis, para proporcionar o melhor desempenho e relação custo/benefício.
Basicamente, a formulação de rações busca estabelecer um equilíbrio entre demanda e aporte, um desafio para os nutricionistas, pois as exigências e a composição dos ingredientes são variáveis. Além disso, por não conhecer a composição e nem a real exigência dos animais, muitas vezes os nutricionistas aplicam margens de segurança na formulação para não comprometer o desempenho da criação e garantir o aproveitamento dos ingredientes fornecidos às aves, porém, com aumento do custo da ração.
O conceito de nutrição de precisão consiste em aplicar estratégias nutricionais que permitam ao animal expressar o seu máximo desempenho, tendo menor custo de produção e o menor impacto ambiental.
Nesse contexto, surge a pergunta: Quais são as alternativas que o nutricionista tem para conhecer a composição das matérias primas e dos ingredientes que ele tem à sua disposição?
A primeira alternativa é utilizar valores referenciais de tabelas de composição dos alimentos, já a segunda alternativa refere-se aos ingredientes, que devem ser próximos à realidade. Com os dados obtidos, é possível montar a matriz nutricional dos ingredientes, que é o relatório das características da composição química dos ingredientes, que fornece informações suficientes para caracterizar seu valor nutricional.
Vale lembrar que, sempre que houver a mudança de um ingrediente na fábrica de ração, a matriz deve ser atualizada, pois só assim o nutricionista estará próximo à nutrição de precisão.
Confira a palestra técnica apresentada por Filipe Zanferari, que atua no departamento de Formulação e Desenvolvimento da Agroceres Multimix, e compreenda a importância em conhecer melhor os ingredientes.