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Suplementação hidroeletrolítica energética: mais vigor para os leitões

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Imagem de capa do artigo sobre reposição hidroeletrolítica

O desmame é um período de mudanças bastante crítico para os leitões, quando ainda são muito jovens, com três a quatro semanas de idade. Os eventos, como:  separação da mãe, mudança de ambiente, mistura com outros indivíduos, troca de alimentação líquida para sólida, perda de imunidade passiva enquanto ainda estão desenvolvendo a imunidade ativa e predisposição a infecções entéricas, induzem grande estresse nos leitões, com reflexos negativos em seu padrão de qualidade.

Praticamente em todos os sistemas de produção, mesmo os leitões que tinham comportamento ativo, eram fortes, espertos e vigorosos na maternidade, se mostram apáticos, prostrados e, inclusive, debilitados nos primeiros dias após o desmame, como consequência dos desafios impostos por esse processo.

Um dos principais desafios do desmame é o consumo de alimento, no caso ração, que é naturalmente baixo nessa fase da vida dos leitões. Por mais que eles tenham sido apresentados à ração pré-mater, que é importante para adaptação ainda na maternidade e para terem contato com o alimento que consumirão na creche, muitas vezes podem não aprender a comer ou apresentar um consumo muito baixo, não se nutrindo ou satisfazendo com ela, uma vez que os leitões têm o leite como principal alimento e fonte de energia. Por esse motivo, é comum que mais de 90% do lote desmamado passe as primeiras 30 a 36 horas após o desmame sem se alimentar (Gráfico 1).

Gráfico 1 – Porcentagem de leitões que não comem, de acordo com o tempo após o desmame (Adaptado de Bruininx et al., 2001)
Gráfico 1 – Porcentagem de leitões que não comem, de acordo com o tempo após o desmame (Adaptado de Bruininx et al., 2001)

Assim, além do consumo de ração já ser naturalmente baixo, o estresse do desmame potencializa o quadro e o consumo pode ser inexistente, comprometendo o desempenho. Nos dias subsequentes ao desmame, é comum haver retração no ganho de peso, muitas vezes perda, e significativa piora da qualidade dos leitões, como consequências do extremo quadro de deficiência energética a que ficam sujeitos. Enquanto na maternidade o consumo de energia pelos leitões é da ordem de 300 kcal de energia metabolizável/kg de peso metabólico/dia, esse consumo cai para menos de 50 kcal de energia metabolizável/kg de peso metabólico/dia nos dois primeiros dias após o desmame, retornando ao normal apenas duas semanas depois (Le Dividich; Sève, 2000).

O fato de os leitões ainda estarem acostumados com o alimento líquido – o leite -, por ocasião do desmame, também contribui sobremaneira para o déficit energético. A memória do consumo de leite para obtenção de energia tende a direcionar o leitão para um maior consumo de água à custa do consumo de ração, na tentativa de se alimentar e compensar o baixo consumo de energia (Brooks; Tsourgiannis, 2003; Hwang et al., 2016) (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Comportamento de leitões nos primeiros dias após o desmame (Adaptado de Hwang et al., 2016)
Gráfico 2 – Comportamento de leitões nos primeiros dias após o desmame (Adaptado de Hwang et al., 2016)

Não é incomum que leitões desmamados bebam até quatro litros de água por dia nos primeiros dias pós-desmame (Thacker et al., 2001). Mesmo com essa predisposição de consumo, como a taxa de renovação de água no organismo desses animais é maior do que em suínos mais velhos, a quantidade ingerida ainda pode não ser suficiente para manter normal o volume de fluido corporal, favorecendo a desidratação.

A desidratação é problemática para leitões desmamados por dois motivos:

  • Os leitões nesta fase necessitam de uma relação consumo de água/consumo de ração maior que 2:1 a 3:1, que é a comumente observada para suínos em engorda. Desta forma, o consumo inadequado de líquido pode desestimular os leitões a procurarem ração e a consumirem, impactando em maior atraso no consumo;
  • Pode agravar quadros de diarreia, provocados por desordens entéricas comuns no pós-desmame, influenciadas pela baixa imunidade ativa e agentes infecciosos envolvidos, pela própria troca da alimentação e deficiência enzimática e pelo baixo consumo em si e os danos à mucosa intestinal, comprometendo ainda mais a condição dos leitões com a perda de líquidos e eletrólitos.

Neste contexto de baixo consumo de alimento, déficit energético e predisposição à desidratação que comprometem a qualidade e a vitalidade dos leitões, soluções que estimulem e favoreçam o consumo de água aliado à suplementação energética e eletrolítica são benéficas.

Através de suplementação específica baseada na reposição hidroeletrolítica energética, fornecida na forma de solução pura ou na mistura com ração para o fornecimento de papinha, é possível:

  • Estimular o consumo de líquido e garantir a hidratação;
  • Proporcionar aporte de energia de rápida absorção e reverter o déficit energético;
  • Promover a reposição de eletrólitos e o equilíbrio homeostático;
  • Estimular mais rapidamente o consumo de ração, dando suporte às funções da mucosa intestinal e à manutenção da saúde intestinal;
  • Aliviar os efeitos do estresse do desmame.

Com isso, é possível garantir a vitalidade e o vigor dos leitões e dar condições para que eles estejam mais preparados para vencer os desafios desse período crítico que é o desmame, dentro dos padrões de qualidade desejados.

Nutrição Animal – Agroceres Multimix

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