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Produção de bovinos a pasto: desafios e oportunidades – Parte 1

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Produção de Bovinos | Nutrição Animal - Agroceres Multimix

Desde o 2001, o Brasil vem se consolidando como grande produtor e fornecedor de carne frente ao mercado mundial. Uma das grandes vantagens que temos em nosso país é a oportunidade da produção de bovinos a pasto, sendo o custo da arroba engordada nesse sistema, desde que bem manejado, muito interessante.

Produção de Bovinos | Nutrição Animal - Agroceres Multimix

Diferente de países como os EUA, em que o confinamento se consolida como a base para a produção de bovinos, e o custo da arroba engordada é mais elevado, a produção no ambiente tropical, como o vivenciado no centro oeste brasileiro predispõe a produção animal em regime de pastejo, conferindo ao sistema produtivo grande flexibilidade e competitividade econômica.

Sendo assim, o entendimento das limitações inerentes às plantas forrageiras, nas diferentes épocas do ano, é de extrema importância para a definição de programas alimentares que atendam às exigências nutricionais dos animais nas diferentes fases de crescimento.

O primeiro grande desafio que tange a produção de bovinos a pasto é a oscilação climática que acontece a maior parte do Brasil central ao longo do ano. Estas mudanças são reconhecidas como fatores marcantes na curva de crescimento dos animais.

Podemos definir dois momentos distintos ao longo do ano em relação a produção animal:

  1. Período das águas: nessa fase o crescimento e desenvolvimento da forragem é favorecido em função das condições climáticas favoráveis (luminosidade, temperatura e precipitação). Desde que adotadas boas práticas de manejo, a forragem disponível para o pastejo se apresenta com boa disponibilidade, estrutura e valor nutritivo o que reflete em ganhos de peso satisfatórios. Do ponto de vista nutricional, o período das águas pode ser dividido em transição seca-águas, águas e transição águas-seca;
  2. Período da seca: a baixa precipitação, temperatura e redução da luminosidade reduzem o crescimento das plantas, que acabam por senescer e perdem valor nutritivo. Esta fase é marcada por baixos ganhos ou até mesmo perda de peso dos animais;

Visto que existem momentos distintos ao longo do ano em relação à qualidade e quantidade de forragem ofertada para os animais, devemos nos planejar e adotar algumas estratégias que permitam que o animal apresente uma curva constante e/ou crescente de crescimento.

Produção de Bovinos | Nutrição Animal - Agroceres Multimix

Nesse contexto, os conhecimentos de nutrição animal, associados as práticas de manejo da pastagem, devem ser utilizados de forma conjunta pelo produtor/ consultor afim de explorar todo potencial genético dos animais e com isso aumentar a quantidade de arrobas produzidas por ha/ ano, aumentar a taxa de desfrute e/ou reduzir a idade de abate.

Dado o número de fatores que envolvem o período das águas e seca, e a complexidade de interações possíveis, nos próximos textos vamos discutir de forma mais aprofundada as técnicas que podemos utilizar nos diferentes cenários ao longo do ano. Técnicas como manejo da pastagem durante as águas, suplementação durante as águas, diferimento da pastagem, suplementação durante a seca, entre outros assuntos.

Aproveitamos para te convidar e deixar uma mensagem abaixo, comentando o texto acima ou sugerindo temas ou técnicas que você quer nos ver discutindo aqui nos próximos textos.

Muito obrigado pela sua companhia e até a próxima.

Agroceres Multimix. Muito mais que Nutrição

8 COMENTÁRIOS

    • Melissa,
      Existem várias espécies forrageiras que podem ser utilizadas para a produção de gado de corte, como as do gênero Brachiaria, Panicum, Cynodon, entre outras. Entretanto, antes de definir qual a espécie forrageira que será empregada, você deve se atentar a qual irá se encaixará melhor em sua propriedade, considerando as características do solo, histórico de chuvas e temperatura, assim como o manejo que será empregado.

  1. Interessante, Matheus.
    Você teria dados referentes ao quanto de adubação é usado para atingir bons resultados? e qual a diferença quanto a ganho de peso e rendimento de carcaça com e sem o manejo de pastagem.
    Obrigado.

    • Olá, Tiago!

      Obrigado pelo questionamento. A adubação é uma excelente ferramenta para aumentar a produção de massa de forragem no piquete, e a quantidade utilizada deve ser definida a partir da análise de solo, do conhecimento da área e a espécie forrageira trabalhada. Nesse caso, não existe uma receita de bolo. Um bom começo seria fazer uma análise de solo e avaliar se existe a necessidade de calagem, para depois pensar na adubação. Quanto ao seu questionamento sobre o ganho de peso, a adubação pode melhorar a composição da planta e refletir no aumento do ganho de peso, no entanto, o principal atributo obtido com a adubação dos pastos é o aumento da taxa de lotação, em função do aumento da velocidade de acúmulo de forragem. Um bom manejo de colheita da forragem produzida se torna fundamental para alcançar bons resultados de desempenho, tanto por animal quanto por área.

      Espero ter ajudado.
      Abraço!

  2. Bom dia Matheus,

    vc e a Agroceres estão dando uma excelente contribuição para a nossa pecuária. São trabalhos como esse que farão o nosso segmento mudar de cenário ao médio/longo prazo.

    Parabéns!!!

    • Muito obrigado, Livio!
      Fico feliz em saber que nosso conteúdo está sendo apreciado. Queremos mesmo contribuir com o desenvolvimento da pecuária.
      Continue nos acompanhando e participando do agBlog. Caso tenha dúvidas ou sugestões, estamos à disposição.
      Abraço!

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