Investir em tecnologias, incorporando o sistema compost barn, foi a saída encontrada por um produtor gaúcho para aumentar sua produtividade em leite.
Na área de 65 hectares, com 45 deles aproveitáveis para produção, em terreno bastante irregular, a família Tecchio – o casal Jorge e Fátima e os filhos Júlio e Morgana – começaram o ano com a intenção de dar uma nova virada e mudaram o perfil da Fazenda Tecchio Ambiental, localizada no município de Serafina Corrêa, na região de transição entre a serra e o planalto gaúchos. As ações se iniciaram com a decisão de intensificar a produção de leite, partindo para o confinamento dos animais. Assim, conseguiria liberar área para produção de silagem, eliminaria o problema do excesso de barro no período de chuvas, racionalizaria as operações de manejo e ainda proporcionaria mais conforto aos animais.
A estratégia contou com a colaboração de Cristiano Adam, médico veterinário e consultor técnico da Agroceres Multimix, que observa que, de imediato, a opção mais prática e econômica foi ampliar as instalações da praça de alimentação para instalar o galpão pretendido. Em seguida, veio a preferência pelo sistema compost barn, a conhecida cama coletiva de compostagem.
Em pouco tempo os resultados esperados apareceram. Um maior controle de mastite se mostrou como vantagem do novo sistema, destaca Fátima, que cuida da ordenha. Os casos de mastite ambiental antes, atingiam 8% das vacas, hoje esse número teve uma redução significativa chegando à 3%. Fátima relata que havia muita oscilação na qualidade do leite. A contagem bacteriana era superior a 200 mil UFC/ml e a de células somáticas ficava entre 400 e 600 mil/ml. “Em dez meses, melhoramos muito. As análises atuais apontam células somáticas entre 200 mil e 300 mil e CBT abaixo de 100 mil UFC/ml”, nota.
Conforto ajudou na reprodução – O consultor da Agroceres Multimix Cristiano Adam explica que os problemas no periparto, como os distúrbios metabólicos, diminuíram significativamente, assim como as perdas de cio. Ele informa que a taxa de serviço está quase em 90%; antes era bem abaixo desse índice.
Sobre o consumo de volumoso, silagem de milho e de grão úmido, o proprietário Jorge diz que está calculado em 2,3 e 2,5 mil t/ano, incluído um estoque estratégico. A fazenda já produz mais de 75% desse alimento. Antes, o custo com a compra de silagem de milho ficava na média de R$ 120 por t. produzindo-a na propriedade sai por volta de R$ 75/t no silo.
O novo planejamento vem contribuindo significativamente para elevar a rentabilidade da produção leiteira, que hoje praticamente responde pela principal receita da fazenda. O Proprietário, admite que a elevação da escala de produção tem proporcionado maior lucratividade, atualmente, em 18%. Sua expectativa é de que com o aprimoramento das medidas adotadas e a assistência da Agroceres Multimix, essa margem aumente ainda mais.
A Agroceres Multimix com todo o seu conhecimento técnico, seu time de especialistas, seu núcleo de tecnologia e sua linha de produtos, é capaz de atender diferentes realidade dos seus clientes. Sabemos que só quem é tratado de maneira única consegue resultados únicos. Foi com o auxílio da Agroceres Multiimx e com esse direcionamento que os proprietários da Fazenda Tecchio Ambiental conseguiram aumentar sua rentabilidade e alcançar ótimos resultados.
Seria possível fazer um mais simples ,para 40 animais por ex.,estou pensando em fazer um de 15×30 m com madeira nos esteios,cercado tbem de madeira ,.O piso tem de ser como?De cimento ou pode ser de chão postado,coberto com casca de café?
Olá, Edmar!
Sim, seria possível um Compost menor para 40 animais, desde que se respeite o espaço mínimo de cama de 10m2/vaca (com bom manejo de cama para que não fique úmida: aerar com grades ou enxadas rotativas, na profundidade máxima de 30 cm, pelo menos 2 vezes por dia, para realizar a incorporação do material orgânico).
Materiais para cama: maravalha seria o mais indicado e, também, a casca de café. A casca de arroz tem muita sílica, o que atrapalha a compostagem.
O piso das camas pode ser de terra compactada, argila ou concreto, para evitar a infiltração de água no solo e contaminação dos lençóis freáticos. Ideal que o terreno seja levemente inclinado, para não ocorrer escoamento de água para dentro da cama e, em local mais elevado, em função do canal de drenagem, minimizando a entrada de água de chuva. Considerar também a orientação do galpão em relação ao sol, no sentido leste-oeste, para diminuir a incidência dos raios solares dentro da instalação.
Interessante que tenha a pista de alimentação, feita com corredor de concreto (cerca de 4m de largura, frisado), com bebedouros de concreto voltados para o corredor (para evitar molhar a cama).
Espero ter ajudado.
Abraço!
Olá,
No passar desse tempo, como estão sendo os resultados? O sistema mostra-se realmente eficiente e rentável. Qual a quantidade de vacas ordenhadas na fazenda?
Parabéns pelo blog e os artigos.
Bom dia, Artur!
Nesta fazenda, foram entre 150 e 180 vacas ordenhadas. Quanto ao compost barn, temos obtido bons resultados com ele. Por se tratar de um sistema novo, todos os dias aprendemos um pouco sobre ele. Embora exija investimento e mão de obra, pudemos notar aumento na produção de leite em algumas vacas.
Abraço!
Muito bom!
É viável em pequena propriedade?
Que numero de vacas precisa para ser viável?
Olá, Ivan!
O compost barn é viável em pequenas propriedades e o número mínimo de animais é o mesmo para qualquer tipo de sistema. Vai depender apenas do quanto o produtor está disposto a gastar, já que o compost barn requer um investimento maior.
Espero ter ajudado.
Abraço!
Muito bom!